segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Olá (cá estamos nós outra vez)


Olá
Sempre apanhaste o tal comboio,
Eu já perdi 2 ou 3
Entre o ócio e as esquinas,
Ganhei o vício da estrada
Nesta outra encruzilhada

Talvez agora a coisa dê,
O passado foi á história
Cá estamos nós outra vez

Conheço a tua cara
Mas não sei o teu nome
Escrevo já aqui, não sei o quê,
@.com
Eu vou-te reencontrar noutro bar de estação
Ou talvez quando perder mais um avião

O barco vai de saída,
Tu estás tão bronzeada,
É tão bom ver-te assim, ardente,
Tão queimada

Eu quero reencontrar-te
Noutra esquina qualquer
Sem saber o teu nome, se ainda és mulher

Quero reconhecer-te e beber um café,
Dizer-te de onde venho e perguntar-te
Porquê
Sorrir de cá do fundo e subir os degraus,
Eu quero dar-te um beijo a 50 e tal graus

Sempre apanhaste o tal comboio,
Eu já perdi 2 ou 3
Entre o ócio e as esquinas,
Ganhei o vício da estrada
Nesta outra encruzilhada

Talvez agora a coisa dê,
O passado foi á história
Cá estamos nós outra vez
Cá estamos nós outra vez

Jorge Palma, “Voo Nocturno”, 2007

* Foto retirada da Internet

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A agenda, a obra, o universo artístico de Jorge Palma em www.bloguepalmaniaco.blogspot.com
Newsletter/informações: contactar ladoerradodanoite@hotmail.com

5:10 da tarde  

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