sexta-feira, março 23, 2007

Escuridão


Tenho a cabeça latejante,
O peito incandescente de luz
E as mãos cheias de dúvidas
No momento em que revelas a tua verdadeira essência.

Sinto os dedos trémulos,
A voz perdida e embargada
E o Amor dormente
Nas horas inconstantes em que não estás.

Acordo fatigada dos sonhos,
Das lutas que os nossos corpos travam
E da esperança terminada
Nas noites em que não durmo.

Perco-me na escuridão oleosa,
Em oceanos agitados de mágoa
E comunico – te em voz alta
Que os nossos minutos são breves.

* Foto de Opiumia

3 Comments:

Blogger VdeAlmeida said...

Gostei do poema. É que eu também tenho sempre as mãos cheias de dúvidas.
Beijinho

7:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

www.redondovocabulo.blogs.sapo.pt

8:10 da tarde  
Blogger Ana Prado said...

Doloroso. Comungo dessa dor que perpassa as palavras.

10:12 da tarde  

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