O Silêncio e os Corvos
Estranho o som da minha voz quando o silêncio sobra nas paredes da minha casa.
A noite projecta sombras no meu corpo vago e a bruma enche-me os olhos
de névoa e cinza.
Tenho as mãos quebradas sob o teu peso etéreo,
o sono interrompido por voos de aves nocturnas,
a boca perdida em beijos antigos.
Lá fora ouço vozes que chamam, homens que choram, palavras que mutilam.
Anestesiam-se corações moribundos. E todos os fogos já estão extintos.
Lá fora nada resiste a não ser o tempo.
E o silêncio.
E os corvos.
A noite projecta sombras no meu corpo vago e a bruma enche-me os olhos
de névoa e cinza.
Tenho as mãos quebradas sob o teu peso etéreo,
o sono interrompido por voos de aves nocturnas,
a boca perdida em beijos antigos.
Lá fora ouço vozes que chamam, homens que choram, palavras que mutilam.
Anestesiam-se corações moribundos. E todos os fogos já estão extintos.
Lá fora nada resiste a não ser o tempo.
E o silêncio.
E os corvos.
* Foto retirada da Internet
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