Labirinto que se fecha em ti
Fecha a porta
lentamente deixa a luz rasgar os cortinados
e escancarar as janelas dos quartos
dirigir os passos pelos corredores
vazios de sombras e de sentidos
á toa
espalha os restos de mim pelo soalho
a vida é um puzzle que nunca se chega a completar
Acende um cigarro
dispara palavras no eco do silêncio
um grito
um apelo
a raiva dos dias que te acende
o olhar
e não há abrigo que se feche sobre ti
senão a lembrança de mim
Mas eu sou um puzzle
de peças soltas
espalhadas á toa pelo soalho
mas eu sou um labirinto de palavras
uma espiral infinita no sentido do nada
Quando chegas
eu já parti.
Ana Caeiro, “Segredos da Gaveta”
lentamente deixa a luz rasgar os cortinados
e escancarar as janelas dos quartos
dirigir os passos pelos corredores
vazios de sombras e de sentidos
á toa
espalha os restos de mim pelo soalho
a vida é um puzzle que nunca se chega a completar
Acende um cigarro
dispara palavras no eco do silêncio
um grito
um apelo
a raiva dos dias que te acende
o olhar
e não há abrigo que se feche sobre ti
senão a lembrança de mim
Mas eu sou um puzzle
de peças soltas
espalhadas á toa pelo soalho
mas eu sou um labirinto de palavras
uma espiral infinita no sentido do nada
Quando chegas
eu já parti.
Ana Caeiro, “Segredos da Gaveta”
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