Não Cantes
Olha em redor dos bosques as veredas destruídas
pela explosão devastadora das minas e ouve
as vozes límpidas morrerem no poema
Antes e depois da alegria
antes e depois do pânico
Grava na parede esboroada do ar
O sulco ténue da infância – e fala-me dela
Aproxima-te
para veres o horror tranquilo das imagens
no fundo dos meus olhos
Antes e depois da alegria
antes e depois do pânico
Debruça-te naquele terraço virado ao inimigo
onde um rosto de estuque arde e
um ferro reduziu a memória a nada
Antes e depois da alegria
antes e depois do pânico
Em volta das casas demolidas o anoitecer
O lume incontrolável – e alguém
atravessa o deserto
com uma criança de jade nos braços
Antes e depois da alegria
antes e depois do pânico
mas
sempre durante o sofrimento
Não cantes
Al Berto, “Horto de Incêndio”
pela explosão devastadora das minas e ouve
as vozes límpidas morrerem no poema
Antes e depois da alegria
antes e depois do pânico
Grava na parede esboroada do ar
O sulco ténue da infância – e fala-me dela
Aproxima-te
para veres o horror tranquilo das imagens
no fundo dos meus olhos
Antes e depois da alegria
antes e depois do pânico
Debruça-te naquele terraço virado ao inimigo
onde um rosto de estuque arde e
um ferro reduziu a memória a nada
Antes e depois da alegria
antes e depois do pânico
Em volta das casas demolidas o anoitecer
O lume incontrolável – e alguém
atravessa o deserto
com uma criança de jade nos braços
Antes e depois da alegria
antes e depois do pânico
mas
sempre durante o sofrimento
Não cantes
Al Berto, “Horto de Incêndio”
* Foto de Charles Diesel
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