A lírica minima do Amor
É raro, o amor,
como pirilampos ou chuvas
em tectos de Verão.
É a secura última
No gosto das amoras,
É um tremente olhar
À sombra de outro olhar.
E mais insustentável será
Um lago que se agita nas mãos
E sabe a lume de criança.
E o amor és tu.
E há quem rumo à noite
De ti se baste e sonhe
Até à fundura da solidão.
É raro, o amor. É
Apenas esse nome teu
Que em meus lábios floresce.
João de Mancelos, “A Oeste deste Céu”, 1993
como pirilampos ou chuvas
em tectos de Verão.
É a secura última
No gosto das amoras,
É um tremente olhar
À sombra de outro olhar.
E mais insustentável será
Um lago que se agita nas mãos
E sabe a lume de criança.
E o amor és tu.
E há quem rumo à noite
De ti se baste e sonhe
Até à fundura da solidão.
É raro, o amor. É
Apenas esse nome teu
Que em meus lábios floresce.
João de Mancelos, “A Oeste deste Céu”, 1993
* Foto de Connie Imboden
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