Uma coisa estranha
O Sol batia-me nos olhos e aquecia-me a cara. Era Inverno, mas o tempo estava ameno, agradável. Cruzei-me com pessoas na rua, pessoas cinzentas e de andar apressado, mas não olhei para
nenhuma. Pelo menos não com atenção. Os meus pensamentos fogem, inevitavelmente, para ti. A tua imagem colada á minha retina, o teu cheiro nas minhas narinas, as tuas mãos em movimento frenético. Sorrio. Percorro as ruas a rir-me sozinha. Que parvoíce. O teu nome ecoa-me no cérebro vezes sem conta. Por vezes chega a tornar-se ensurdecedor. Lembro-me da temperatura do teu corpo. As tuas mãos quentes, a tua face tépida. O corpo todo incendiado. Neste momento, desço a rua a gargalhar alto. Uma senhora que passa ao meu lado, olha para mim de soslaio… deve estar a pensar que sou doida! E talvez esteja mesmo a perder o juízo. Penso na inevitabilidade de certos momentos. Na forma absurda e genial como são irrepetíveis, únicos, sublimes. Penso como nos ficam colados á pele durante muito tempo, como perduram mesmo depois de já se terem dissipado há muito, mesmo depois de já não existirem nas memórias. Olho á minha volta. A rua está deserta naquele momento e eu volto a rir-me de mim própria. Que parva, nem sequer consigo dar dois passos sem me lembrar das coisas que me disseste,da cor dos teus olhos sob a luz brilhante, do teu cabelo liso e macio. O
desenho dos teus lábios persegue-me, enquanto caminho nesta avenida de Lisboa. Imagens de ti assaltam-me, incessantemente, sem que eu tenha qualquer tipo de controlo sobre elas. Estranha esta sensação agradável que me percorre o corpo sempre que me lembro de ti. Estranho este riso espontâneo que me chega á boca, de cada vez
que ouço a tua voz em “repeat” na minha cabeça. Improváveis os caminhos que
escolho hoje para chegar a casa. Volto a sorrir sozinha. Ainda me faltam muitas ruas.
nenhuma. Pelo menos não com atenção. Os meus pensamentos fogem, inevitavelmente, para ti. A tua imagem colada á minha retina, o teu cheiro nas minhas narinas, as tuas mãos em movimento frenético. Sorrio. Percorro as ruas a rir-me sozinha. Que parvoíce. O teu nome ecoa-me no cérebro vezes sem conta. Por vezes chega a tornar-se ensurdecedor. Lembro-me da temperatura do teu corpo. As tuas mãos quentes, a tua face tépida. O corpo todo incendiado. Neste momento, desço a rua a gargalhar alto. Uma senhora que passa ao meu lado, olha para mim de soslaio… deve estar a pensar que sou doida! E talvez esteja mesmo a perder o juízo. Penso na inevitabilidade de certos momentos. Na forma absurda e genial como são irrepetíveis, únicos, sublimes. Penso como nos ficam colados á pele durante muito tempo, como perduram mesmo depois de já se terem dissipado há muito, mesmo depois de já não existirem nas memórias. Olho á minha volta. A rua está deserta naquele momento e eu volto a rir-me de mim própria. Que parva, nem sequer consigo dar dois passos sem me lembrar das coisas que me disseste,da cor dos teus olhos sob a luz brilhante, do teu cabelo liso e macio. O
desenho dos teus lábios persegue-me, enquanto caminho nesta avenida de Lisboa. Imagens de ti assaltam-me, incessantemente, sem que eu tenha qualquer tipo de controlo sobre elas. Estranha esta sensação agradável que me percorre o corpo sempre que me lembro de ti. Estranho este riso espontâneo que me chega á boca, de cada vez
que ouço a tua voz em “repeat” na minha cabeça. Improváveis os caminhos que
escolho hoje para chegar a casa. Volto a sorrir sozinha. Ainda me faltam muitas ruas.